quarta-feira, 2 de maio de 2012

Estudo mostra que comer frutas vermelhas pode retardar o declínio cerebral



Mulheres que consomem grande quantidade de blueberries (mirtilo) e morangos sofrem um declínio mental causado pela idade mais lento em comparação com mulheres que consomem poucas frutas ricas em flavonoides, afirma um estudo americano na última quinta-feira (26).

Baseados em uma pesquisa com mais de 16 mil mulheres que responderam a questionários regulares sobre seus hábitos de saúde de 1976 a 2001, os resultados mostram que as que comiam mais destas frutas atrasaram o declínio cognitivo em até 2,5 anos.

A cada dois anos de 1995 a 2001 os pesquisadores mensuraram as funções mentais de pessoas com mais de 70 anos, de acordo com o estudo publicado nos Anais de Neurologia.

"Fornecemos as primeiras evidências epidemiológicas de que as 'berries' (frutas vermelhas) podem atrasar o avanço do declínio cognitivo em mulheres idosas", afirma Elizabeth Devore, médica do Hospital Brigham and Women e da Escola de Medicina de Harvard em Boston, Massachusetts.

"Nossas descobertas têm implicações significantes para a saúde pública, já que aumentar a ingestão de frutas vermelhas é uma modificação bastante simples para testar a proteção da cognição em adultos mais velhos".

Devore acrescenta que as descobertas são de importância particular para a população idosa, que está crescendo.

O número de americanos com 65 anos ou mais aumentou 15% de 2000 a 2010, de acordo com o censo dos Estados Unidos.

Robert Graham, médico do Hospital Lenox Hill, em Nova York, que não estava envolvido no estudo, disse que comer mais frutas vermelhas é uma boa ideia para pessoas de qualquer idade.

"Muitos estudos epidemiológicos, como este, acrescentam à pesquisa científica básica que as propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias das frutas vermelhas têm um papel benéfico no declínio cognitivo relacionado à idade", explica Graham.

"Eu aconselharia todos os meus pacientes, de qualquer idade, a comer mais frutas vermelhas. As 'berries' são uma forma fácil, nutritiva e deliciosa de preservar a função cerebral".

Flavonoides são oxidantes encontrados em 'frutas vermelhas, maçãs, frutas cítricas, chá, vinho tinto e cebolas, e pesquisas anteriores mostraram que podem reduzir o risco de doenças cardíacas, diabetes e câncer.

"O atual estudo mostra que mulheres que consumiram mais flavonóides, especialmente frutas vermelhas, tiveram um declínio cognitivo mais lento com o passar do tempo do que mulheres com menor ingestão", ressalta Nancy Copperman, diretora de iniciativas de saúde pública do Sistema de Saúde Judaico de North Shore-Long Island, em Nova York.

"Aumentar nosso consumo de frutas e vegetais é uma das melhores formas de viver uma vida saudável", completa.

Fonte: UOL Ciência e Saúde

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Pesquisa afirma que muitas pessoas não associam o fumo a doenças cardiovasculares

O hábito de fumar não é associado às doenças cardiovasculares como um fator de risco por muitas pessoas em diversos países, segundo estudo apresentado no Congresso Mundial de Cardiologia, que acontece em Dubai até o dia 21 de abril.

Encomendada pela Federação Mundial do Coração e executada pelo Projeto Internacional de Controle do Tabaco (ITC Project, em inglês) e pela Iniciativa contra o Tabaco da Organização Mundial da Saúde (OMS), a pesquisa apresentada mostra que 70% dos fumantes chineses, 50% dos indianos e 40% dos holandeses desconhecem que o fumo contribui para o infarto. Os dados são referentes a 2009 e 2010.

Em relação ao Brasil, 24,6% dos fumantes adultos, em 2008, não acreditavam ou não sabiam que o cigarro pode levar ao infarto, segundo pesquisa divulgada na página do ITC na internet.

No Reino Unido, nos Estados Unidos, na Austrália e no Canadá – considerados avançados em sistema de saúde e legislação antitabagista –, quase 50% de pessoas que fumam afirmaram não saber que os fumantes passivos estão sujeitos a um ataque do coração quando expostos ao cigarro.

Apesar das mensagens de advertência em produtos, nenhum país implantou programa de avisos que alertam a população sobre a elevação do risco de uma doença cardíaca no caso de fumantes passivos, disse o chefe de pesquisa do ITC Project, o professor da Universidade de Waterloo, no Canadá, Geoffrey Fong.

Para diminuir os ataques cardíacos relacionados ao fumo, as entidades responsáveis pela pesquisa recomendam o aumento do preço de cigarros e outros derivados, a proibição do fumo em locais públicos e de trabalho e a adoção de estratégias para desestimular o consumo entre jovens.

As doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte no mundo – o que corresponde a 17,3 milhões de casos por ano, dos quais 87% são decorrentes da à exposição ao fumo.

Fonte: UOL Ciência e Saúde

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Hospital de SP testará coração artificial feito no Brasil

Um novo modelo de coração artificial feito no Brasil recebeu autorização para ser testado em humanos. Cinco pacientes já foram escolhidos para receber o aparelho, que foi desenvolvido no Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo. As cirurgias serão feitas no próprio hospital, que é uma unidade da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.

Os pacientes indicados para a operação têm insuficiência cardíaca aguda ou descompensada e já não respondem bem aos medicamentos, mas devem estar em condições clínicas e psicossociais aceitáveis. A operação é contraindicada para pessoas com mais de 65 anos ou menos de 40 kg, por exemplo.

O “coração artificial auxiliar” tem duas câmeras de bombeamento e quatro válvulas e é o primeiro a ser feito com esta concepção no Brasil, segundo o engenheiro médico Aron José Pazin de Andrade, responsável pelo projeto. Ao contrário de alguns modelos disponíveis, este aparelho não serve para substituí-lo.

O objetivo do aparelho é dar uma sobrevida aos pacientes que estão na fila para um transplante. Pessoas que poderiam morrer em semanas viveram mais tempo, provavelmente o suficiente para receber um novo coração.

O aparelho fica acoplado ao coração, logo abaixo dele, e ajuda a bombear o sangue para o corpo. Para isto, ele precisa de energia elétrica, que é fornecida por uma bateria presa na cintura do paciente. A bateria dura apenas duas horas. No restante do tempo, é possível ligar esta bateria na tomada.

Durante a fase de testes, os pacientes ficarão o tempo todo em monitoração no hospital e não terão alta enquanto não ocorrer o transplante. No futuro, porém, a ideia é que a bateria funcione para dar liberdade aos pacientes.

O coração artificial desenvolvido no Brasil obteve bons resultados nas experiências com animais de grande porte, como bois e cavalos. A licença para os testes em humanos foi cedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Inicialmente, os testes serão feitos com estes cinco pacientes já selecionados. Ao fim do tratamento, o coração artificial será avaliado e, se aprovado, poderá ser usado em outros cinco pacientes. Se aprovado nas duas baterias de testes, o aparelho será liberado.

O custo estimado do coração artificial fica entre R$ 60 mil e R$ 100 mil. Os aparelhos importados, desenvolvidos por empresas privadas, chegam a US$ 300 mil (quase R$ 550 mil).

Além do Dante Pazzanese, o Hospital do Coração (HCor), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapesp), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Saúde colaboraram na pesquisa.

Fonte: G1 - Ciência e Saúde

terça-feira, 10 de abril de 2012

Estudo detecta variação genética relacionada à obesidade infantil

Como um dos principais problemas de saúde da sociedade moderna, a obesidade tem recebido cada vez mais a atenção do público, especialmente pelo aumento na prevalência da doença entre as crianças. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Hospital Infantil da Filadélfia, nos Estados Unidos, a obesidade infantil pode ter uma influência genética maior do que se tem notícia.

O estudo foi publicado nessa semana na versão online da revista científica “Nature Genetics”.

"Este é o maior estudo do genoma da obesidade infantil, em contraste com estudos anteriores que se concentraram em formas mais extremas de obesidade, principalmente relacionados com síndromes de doenças raras", diz o autor do estudo Struan Grant, diretor associado do Centro de Genômica Aplicada do Hospital Infantil da Filadélfia.

"Como consequência, temos definitivamente identificada e caracterizada uma predisposição genética para a obesidade infantil."

A análise de casos incluiu 14 estudos anteriores abrangendo 5.530 casos de obesidade infantil e 8.300 jovens com peso normal, todos de ascendência europeia. A equipe do estudo identificou dois tipos de marcador genético, um perto do gene OLFM4 no cromossomo 13, o outro dentro do gene HOXB5 no cromossomo 17. Eles também encontraram um grau de evidência para duas variantes de outros genes. Entretanto, nenhum desses genes foi totalmente relacionado à obesidade.

"Este trabalho abre novas possibilidades para explorar a genética da obesidade infantil", disse Grant. 

"Muito trabalho resta a ser feito, mas estes resultados podem vir a ser úteis para ajudar a projetar futuras intervenções preventivas e tratamentos para crianças, com base em seus genomas individuais."

Fonte: G1 Ciência e Saúde

quarta-feira, 28 de março de 2012

Dormir demais ou muito pouco faz mal ao coração, diz estudo

Dormir mais do que oito horas ou menos de seis parece aumentar significativamente o risco de doença cardiovascular, segundo um estudo feito nos Estados Unidos, cujos resultados foram apresentados no último domingo (25) em uma reunião de cardiologistas.

Aqueles que dormem menos de seis horas por noite poderiam ter o dobro de risco de sofrer um ataque cerebral ou infarto. A probabilidade de insuficiência cardíaca aumenta igualmente 1,6 vezes. Ao contrário, os que dormem mais de oito horas por noite veem dobrar o risco de sofrer angina de peito, enquanto que o de desenvolver doença coronariana aumenta 1,1 vezes.

Os cientistas estudaram retrospectivamente 3.019 pessoas com mais de 45 anos que participaram da pesquisa nacional sobre nutrição (National Health and Nutrition Examination Survey). "Desde agora temos uma indicação de que o sonho pode ter um impacto na saúde cardíaca", avaliou o doutor Rohit Arora, professor da faculdade de medicina de Chicago e principal autor do trabalho.

Os pesquisadores afirmam que se trata do primeiro estudo com amostragem nacional representativa da população americana que estabelece uma relação entre a duração do sono e a saúde cardiovascular. As conclusões do estudo foram apresentadas na 61ª conferência anual do American College of Cardiology, reunido em Chicago, Illinois, neste fim de semana.

Fonte: UOL Ciência e Saúde

terça-feira, 20 de março de 2012

Estudo comprova eficácia da acupuntura para tratar lombalgia

Estudo realizado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, unidade da rede pública estadual e maior complexo hospitalar da América Latina, demonstra que a acupuntura associada ao tratamento convencional é eficaz para dor lombar crônica.

A lombalgia (dor lombar) é uma das principais causas de afastamento do trabalho. Até 90% das pessoas sofrerão, em algum momento de suas vidas, com este desconforto, que para alguns indivíduos se torna crônico.

O estudo foi realizado pelo Centro de Acupuntura do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC com um grupo de 60 pacientes com lombalgia crônica. Sendo que 28 pacientes receberam tratamento convencional, enquanto o restante teve o tratamento convencional associado à acupuntura.

Segundo o fisiatra intervencionista João Amadera, após o término das seis sessões de acupuntura, foi verificado que o grupo que teve o tratamento convencional associado à acupuntura apresentou uma queda significativa na escala de dor.

O tratamento convencional - uso de analgésicos, exercícios e recomendação de posturas corretas para atividades diárias - nem sempre é eficaz para o alívio do dor lombar crônica de alguns pacientes. Amadera afirma que quando estas medidas são insuficientes, recomenda-se a associação de procedimentos não farmacológicos, como exercícios terapêuticos e acupuntura, por exemplo, ao tratamento convencional.

A melhora da dor nos pacientes avaliados persistia após três meses do término do tratamento. Segundo João Amadera, foi possível, por meio deste estudo, comprovar a eficácia da técnica chinesa milenar associada ao tratamento convencional.

Fonte: UOL Ciência e Saúde

quinta-feira, 15 de março de 2012

Palavras 'baixo teor' e 'light' são proibidas em derivados de tabaco

A resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que causou estardalhaço entre os produtores de fumo ontem, prevê mais uma mudança para os derivados de tabaco.

Além da proibição de aditivos que possam mascarar o aroma ou o sabor original, como a adição das essências artificiais de menta e cravo, por exemplo, também estão proibidas expressões nas embalagens, como 'light', 'baixo teor' e 'suave'.

A agência defende que assim vai banir todas as expressões que possam "induzir o consumidor a uma interpretação equivocada quanto aos teores contidos nos produtos fumígenos".

A regra já valia para cigarros desde 2001, mas só agora afeta os demais produtos, como charutos e cachimbos.

Aditivos

Para confrontar a versão da indústria de tabaco, que se diz prejudicada pela retirada dos aditivos, a Anvisa salientou que a mudança vale apenas para os produtos comercializados no país e não deve afetar os itens destinados à exportação.

O documento da agência prevê tempo de adaptação à norma, no caso dos cigarros, de 12 meses para alteração de rótulos e do processo produtivo e outros seis meses para a retirada dos itens do mercado.

Cigarrilhas, narguiles ou qualquer outro tipo de fumo que usem gosto ou sabor artificial terão prazo de ajuste mais longo, de seis a 18 meses.

Fonte: UOL Ciência e Saúde