segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Pressão arterial diferente em cada braço pode indicar risco cardíaco

Um estudo britânico, publicado na edição on-line da revista médica "Lancet", afirma que a diferença na pressão arterial sistólica dos braços de um indivíduo pode indicar uma doença vascular.

As artérias que se encontram sob a clavícula são responsáveis pelo fornecimento de sangue para os braços, as pernas e o cérebro.

A interrupção desse abastecimento sanguíneo (principalmente no caso de diabéticos e fumantes) resultaria em um ataque cardíaco ou outros problemas de saúde como a doença vascular periférica (falha no fluxo normal). Por isso, os médicos do estudo aconselham medir a pressão arterial de ambos os braços.

"Tradicionalmente, a maioria das pessoas checa a pressão de apenas um deles", diz o médico William O'neill, professor de cardiologia da Escola de Medicina Miller, da Universidade de Miami (EUA). "Mas se há uma diferença, então uma das artérias pode [estar obstruída]."

Para chegar a essa conclusão, uma equipe da Universidade Exeter (Inglaterra) liderada pelo médico Christopher Clark reviu 28 estudos científicos sobre pressão arterial sistólica.

Eles descobriram que uma diferença de 15 milímetros de mercúrio (mm Hg; unidade de medida da pressão) ou mais entre as leituras do braço direito e do esquerdo está relacionada a um risco maior de se ter uma das artérias parcialmente entupida.

Essa diferença na medição, percebida pelo grupo, significou ainda que há risco 2,5 vezes maior de redução do fluxo sanguíneo para as pernas e os pés e de 1,6 vez para o cérebro.

De acordo com os autores do estudo, não importa qual é o braço que apresenta maior ou menor pressão arterial, mas sim a diferença entre eles.

Fonte: UOL - Ciência e Saúde

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Pesquisadores de H5N1 transmissível entre mamíferos suspendem trabalhos

Os cientistas envolvidos no desenvolvimento de uma mutação do vírus H5N1, capaz de ser transmitido entre mamíferos e, potencialmente, entre seres humanos, anunciaram que suspenderão durante dois meses seus trabalhos devido aos temores gerados pelo estudo.

Duas equipes realizavam esta pesquisa. A primeira em um laboratório do centro médico universitário Erasmus de Rotterdam (Holanda), que anunciou em setembro a criação de um vírus da gripe aviária modificado, que, teoricamente, é capaz de ser transmitido entre mamíferos e potencialmente entre humanos.

O outro grupo de pesquisa, situado na Universidade de Wisconsin (norte dos Estados Unidos), também conseguiu criar uma cepa do vírus capaz de gerar contágio sem o intermédio das aves.

No fim de dezembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou sua profunda preocupação com estas descobertas, destacando que estes anúncios "geraram inquietações sobre os possíveis riscos e pelo uso indevido associado às pesquisas".

"Diante das preocupações (geradas) pelas recentes pesquisas sobre a gripe aviária, (nós) cientistas que trabalhamos nas formas de transmissão da cepa H5N1 combinamos interromper as investigações sobre esta área durante 60 dias, com o objetivo de dar tempo à comunidade internacional para se expressar", declararam os pesquisadores em uma carta publicada pelas revistas especializadas Science e Nature.

Fonte: UOL - Ciência e Saúde