No entanto, a realidade desmente essas suposições. Em 90% dos casos de câncer de mama não há componente hereditário ou familiar e 70% das mulheres não apresentam fatores de risco, segundo Rita Dardes, ginecologista e mastologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e diretora médica do Instituto Avon. "Basta ser mulher e envelhecer para estar no grupo de risco", afirmou. O presidente da Avon Brasil, Luis Felipe Miranda, destacou que, com mais informação, a doença deixaria de ser a primeira causa de morte por câncer no país entre as mulheres.
O desconhecimento encontra respaldo em outro dado da pesquisa: apenas 23% das mulheres se consideram muito informadas sobre a doença. A Pesquisa Instituto Avon/Ipsos ouviu 1.000 mulheres, a partir dos 16 anos, em 70 cidades do país, entre os dias 30 de julho e 11 de agosto.
Exame clínico - O levantamento também mostrou que um terço das mulheres nunca realizou exame clínico. Novamente o dado encontra respaldo na realidade: 60% das mulheres morrem porque o câncer de mama é descoberto em um estágio avançado. De acordo com Rita, diagnosticar a doença logo no início eleva a chance de cura em 95%.
A médica também disse que o autoexame não deve ser uma estratégia isolada de detecção do câncer de mama. "O diagnóstico precoce só é identificado na mamografia, por isso é importante realizar o exame clínico." Rita afirmou que a incidência da doença aumenta a partir dos 40 anos, com pico entre os 50 e os 60 anos.
Fonte: Veja - Saúde