quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Hospitais viram opção de lazer e restaurante em SP

Em São Paulo, procurar um hospital nem sempre é sinônimo de problemas com a saúde. Entrar nesses assépticos ambientes pode significar, também, uma busca por cultura, lazer e - deixando para trás a má fama atribuída à grife "comida de hospital" - até gastronomia. Para tentar fortalecer suas marcas, hospitais estão abrindo suas portas ao público externo, com promoção de eventos e oferta de serviços de qualidade a quem mora ou trabalha nos arredores.

No Hospital do Coração (HCor), zona sul da capital paulista, por exemplo, os pratos que saem da cozinha não se resumem, de forma alguma, a gelatina e sopa de arroz sem sal. No cardápio diário, há cinco saladas variadas, todo tipo de carne e até feijoada, em refeições disponíveis não somente a pacientes, acompanhantes e médicos, mas a todos que quiserem.

Na unidade Anália Franco do Hospital São Luiz, na zona leste, das 3 mil refeições servidas no restaurante por mês, cerca de 300 vão para o público externo. No ano passado, o hospital contratou a grife Noah Gastronomia, do grupo Chieko Aoki, para tocar o restaurante da unidade - uma tentativa de fisgar pelo estômago um possível futuro paciente.

Outra forma encontrada por hospitais para se abrir para o público é criar áreas para eventos. O mais novo espaço foi inaugurado ontem no Hospital Israelita Albert Einstein, na zona sul. Trata-se de um auditório com capacidade para 500 pessoas, que, a princípio, vai receber eventos ligados à área da saúde, mas, aos poucos deve variar a programação.

Outra instituição que frequentemente oferece programação cultural é o Hospital Santa Catarina, na Avenida Paulista. Toda quarta-feira, há apresentações de coral, com entrada gratuita, assistidas por até 70 pessoas. Para especialistas, além de fortalecer a marca dos centros médicos privados, abrir os hospitais à sociedade é uma forma de diminuir a associação desses locais com a ideia de sofrimento.

Fonte: UOL Ciência e Saúde

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