quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Câncer de Esôfago

Definição
No Brasil, o câncer de esôfago – tubo que liga a garganta ao estômago – figura entre os dez mais incidentes (6º entre os homens e 9º entre as mulheres). O tipo de câncer de esôfago mais frequente é o carcinoma epidermoide escamoso, responsável por 96% dos casos. Outro tipo, o adenocarcinoma, vem aumentando significativamente.

Prevenção
Adotar uma dieta rica em frutas e legumes; e evitar o consumo frequente de bebidas muito quentes, alimentos defumados, bebidas alcoólicas e derivados do tabaco.

Também estão associadas, à maior incidência desse tumor, história pessoal de câncer de cabeça, pescoço ou pulmão; infecção pelo papiloma vírus humano - HPV; tilose (espeçamento da pele nas palmas das mãos e na planta dos pés); acalasia (falta de relaxamento do esfíncter, entre o esôfago e o estômago); esôfago de Barrett (crescimento anormal de células do tipo colunar para dentro do esôfago); lesões cáusticas (queimaduras) no esôfago; e síndrome de Plummer-Vinson (deficiência de ferro).

Sintomas
Na sua fase inicial, o câncer de esôfago não apresenta sinais. Porém, com o progresso da doença, alguns sintomas são característicos, como: dificuldade ou dor ao engolir; dor retroesternal (atrás do osso do meio do peito); dor torácica; sensação de obstrução à passagem do alimento; náuseas; vômitos; e perda do apetite.

Na maioria das vezes, a dificuldade de engolir (disfagia) já sinaliza doença em estado avançado. A disfagia progride de alimentos sólidos até pastosos e líquidos. A perda de peso pode chegar até 10% do peso corporal.

Diagnóstico
Com o diagnóstico precoce, as chances de cura atingem 98%. Ele é feito através da endoscopia digestiva (exame de imagem que investiga o interior do tubo digestivo), de estudos citológicos (das células) e de métodos com colorações especiais. Na presença de disfagia (dificuldade de engolir) para alimentos sólidos é recomendado estudo radiológico contrastado e também endoscopia com biópsia ou citologia para confirmação.

Tratamento
Cirurgia, radioterapia e quimioterapia, de forma isolada ou combinadas, de acordo com a avaliação médica. Na maioria dos casos, a cirurgia está indicada. Dependendo da extensão da doença, o tratamento pode ser unicamente paliativo (sem finalidade curativa), através de quimioterapia ou radioterapia. No leque de cuidados paliativos também dispõe-se de dilatações com endoscopia, colocação de próteses autoexpansivas (para impedir o estreitamento do esôfago) e braquiterapia (radioterapia com sementes radioativas).

Fonte: Instituto Nacional de Câncer - INCA

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