terça-feira, 27 de outubro de 2009

Mudança nos procedimentos de emergência em paradas cardíacas

A respiração boca a boca, antes tida como essencial em processos de ressuscitação cardiopulmonar, na verdade prejudica o procedimento e reduz as chances de sobrevivência do paciente.

De acordo com o cardiologista do InCor, Sérgio Timerman, o problema é que quando o coração para é preciso manter o fluxo sanguíneo por meio da compressão e a respiração boca a boca diminui esse fluxo. Esta é uma das maiores descobertas da emergência cardiovascular dos últimos tempos.

Assim, um leigo deve apenas aplicar a massagem cardíaca, esquecendo o procedimento de respiração. O voluntário deve pressionar a região que fica quatro centímetros abaixo dos mamilos, retornando a posição inicial até a chegada de ajuda. Outra mudança é com relação ao uso do desfibrilador, o choque só pode ocorrer antes da massagem até quatro minutos após a parada, depois disso a compressão deve ser feita antes da aplicação do choque.

As novas orientações já estão sendo discutidas no Brasil e em vários países. A Aliança Internacional dos Comitês de Ressuscitação (Ilcor), entidade que reúne as principais associações de cardiologia, oficializará as mudanças das diretrizes a partir de 2010. O consenso será publicado nos principais periódicos internacionais de cardiologia em outubro do próximo ano.

Fonte: Folha Online

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