quarta-feira, 3 de março de 2010

Cérebro humano não reage bem a desigualdade social

A pesquisa realizada pelos cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) e pelo Trinity College teve um resultado curioso: os centros de recompensa do cérebro de uma pessoa respondem mais fortemente quando ela vê alguém que é pobre receber uma recompensa financeira do que quando ela vê uma pessoa rica ficar ainda mais rica (até mesmo se o cérebro observador for o de uma pessoa rica). Isto siginifica que o rico fica mais feliz quando compreende que um pobre está sendo beneficiado do que ficaria ao ver um rico ficar ainda mais rico. 

Os resultados foram além: a pessoa rica fica mais feliz ao ver um pobre recebendo dinheiro do que quando ela própria recebe dinheiro.

Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores realizaram uma série de experimentos e observaram que o córtex pré-frontal ventromedial (CVM) e o estriado ventral reagiam em 40 voluntários que assistiam deitados, dentro de uma máquina de ressonância magnética, a uma série de eventos de ganhos e de transferências de dinheiro. 

Há algum tempo já sabe-se que os seres humanos não gostam de desigualdade, mas não havia precisão em quão biologicamente programado ele é para este tipo de igualitarismo. "Nós agora sabemos que essas áreas do cérebro não se atêm apenas ao auto-interesse", comenta O'Doherty, participante do grupo de pesquisa. "Elas não respondem exclusivamente às recompensas que se obtém como indivíduo, mas também respondem à perspectiva de outros indivíduos obtendo um ganho."

Fonte: Diário da Saúde

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