quinta-feira, 27 de maio de 2010

Leis para redução do sal nos alimentos

O consultor nutricional da Organização Mundial de Saúde (OMS)Franco Cappuccio, levantou, nesta semana, uma polêmica: quais os reais motivos dos governos de todo o mundo não adotarem leis para reduzir a quantidade de sal nos alimentos?

Cappuccio acredita que milhões de mortes prematuras seriam evitadas e muitos gastos com saúde seriam desnecessários se novas leis fossem adotadas. Ele reconhece que medidas voluntárias das indústrias são um progresso, mas coloca a responsabilidade sobre os legisladores.

"A maior parte do sal consumido no mundo ocidental - na verdade, 80% dele - vem do sal acrescido a alimentos pela indústria alimentícia, e apenas 20% vem do saleiro ou do sal que usamos ao cozinhar", disse Cappuccio.

Em 2007, um estudo confirmou que uma redução global de 15% no consumo de sal evitaria quase 9 milhões de mortes em todo o mundo até 2015. A verdade é que a redução da ingestão diminui significativamente a pressão arterial, o que por sua vez contribui com uma menor incidência de ataques cardíacos e derrames. A hipertensão é a maior causa mundial de mortes, são 7,5 milhões de vítimas por ano.

A quantidade necessária para o nosso organismo (1,5 grama) está distante da recomendada pela OMS (5 gramas) e, principalmente, da quantidade consumida. Dados levantados mostram que ainda há excessos, o consumo médio é de 8,6 gramas por dia na Grã-Bretanha e 10 gramas nos Estados Unidos.

Fonte: Folha.com

Nenhum comentário: