terça-feira, 27 de julho de 2010

Sonhar demais atrapalha aprendizado

Após testes realizados com voluntários para jogar Doom (game que ganhou fama nos anos 1990), o neurocientista Sidarta Ribeiro e sua equipe descobriram que para aprender alguma coisa não basta dormir bem: é preciso sonhar. Mas não muito.

Para a pesquisa, os jogadores tiverem sua atividade cerebral monitorada. Os cientistas acordavam os voluntários que sonhavam e pediam que os mesmos descrevessem os seus sonhos.

Cruzando as respostas com a evolução no desempenho no jogo, os pesquisadores descobriram que, para aprender a jogar, sonhar é realmente importante. Os voluntários que não sonhavam com o jogo tinham mais dificuldade para, no dia seguinte, passar pelas fases.

Quando alguém sonha, é como se o cérebro estivesse salvando as informações importantes do dia em um arquivo permanente.

Ribeiro, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e do Instituto Internacional de Neurociência de Natal, imaginava que os voluntários que se envolviam muito com o jogo, sonhando muito com ele, virariam campeões. Não foi o que aconteceu. A partir de certo ponto, quanto mais você sonha, menos você aprende.

A equipe achou uma possível explicação: sonhos demais talvez levem a estresse, algo que atrapalha o desempenho. A pessoa não está aprendendo com eles. Os sonhos são, neste caso, só uma demonstração do impacto causado pelo tema no sujeito.

Fonte: Folha.com - Ciência

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