segunda-feira, 12 de julho de 2010

Você tem a síndrome da pressa?

Você vive de olho no relógio? Está sempre reclamando que não tem tempo pra nada? Quase tem um chilique se tem que esperar 10 minutos pelo almoço? Tem vontade de atropelar alguém que anda em um passo mais lento que o seu?

A pressa é uma característica dos dias de hoje e é muito difícil encontrar alguém que não tenha que cumprir prazos e horários, ou não se importe com eles. Mas especialistas afirmam que essa preocupação excessiva pode ser considerada uma síndrome, com consequências importantes para a saúde.

Segundo estudo realizado pelo International Stress Management Association do Brasil (Isma-BR), entidade que estuda os efeitos do estresse, o transtorno já atinge cerca de 30% dos brasileiros. Ele não constitui uma doença, mas uma série de comportamentos que altera significativamente a saúde e a qualidade de vida dos indivíduos.

O transtorno é caracterizado por um conjunto de sinais como tensão, hostilidade, impaciência, ansiedade, valorização da quantidade e desvalorização da qualidade, sono agitado, inadmissão a atrasos, problemas de memorização e interrupção da fala de terceiros. Geralmente a pessoa que sofre da síndrome da pressa demonstra sua agitação até mesmo no seu modo de andar, falar e escrever: o passo acelerado, a fala atropelada e a escrita abreviada (muito comum em tempos de internet) são marcas típicas do transtorno. "Outro sintoma é a agressividade, pois a pessoa que está sempre com pressa quer que todos sigam o seu ritmo", aponta a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente do Isma-BR. Quem estiver em outro ritmo pode levar um empurrão ou até ser agredido no trânsito.

A síndrome da pressa apresenta sinais semelhantes ao do estresse em estágio avançado, e é comumente confundida com ele. Porém, os problemas têm origens diferentes. Enquanto o estresse avançado é uma reação física e psicológica a um evento novo, ameaçador ou angustiante; a síndrome da pressa é desencadeada por um padrão de comportamento em que o próprio indivíduo traz o estresse para si – ou seja, na maioria das vezes, ele próprio transforma sua vida nesse corre-corre sem fim, seja para produzir mais e ter mais retorno financeiro, seja para ter mais reconhecimento no trabalho.

Os pesquisadores ainda não sabem se esse transtorno é causado pelo ritmo frenético imposto pela atualidade, ou se é uma característica genética.

Fonte: UOL Ciência e Saúde

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