segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A primeira impressão que fica

De acordo com uma nova pesquisa, envolvendo psicólogos do Canadá, da Bélgica e dos Estados Unidos, a afirmação do dito popular: "você nunca terá uma segunda chance para causar uma boa primeira impressão", é verdadeira. Segundo os cientistas, novas experiências que contradizem uma primeira impressão ficam ligadas ao contexto em que ocorreram e as primeiras impressões mantêm seu domínio sobre todos os demais contextos.

"Imagine que você receba um novo colega de trabalho e a sua impressão inicial daquela pessoa não seja muito favorável. Algumas semanas depois, você encontra o seu colega em uma festa e percebe que ele é na verdade um cara muito legal. Embora você saiba que sua primeira impressão estava errada, sua reação ao novo colega será influenciada pela sua nova experiência apenas em contextos que sejam semelhantes aos da festa. No entanto, a sua primeira impressão continuará a dominar em todos os outros contextos.", explica Bertram Gawronski, da Universidade de Western Ontario.

Ou seja, a regra subconsciente criada em seu cérebro pela primeira impressão é que o seu novo colega não é grande coisa. Depois da festa, é como se seu cérebro atualizasse a informação: "O sujeito não é grande coisa, exceto em festas."

No entanto, segundo o pesquisador, às vezes as primeiras impressões, apesar de serem persistentes, podem ser modificadas, se forem questionadas em vários contextos diferentes. "Nesse caso, as novas experiências ficarão descontextualizadas e a primeira impressão lentamente irá perdendo sua força. Mas, enquanto uma primeira impressão só é contestada dentro do mesmo contexto, você pode fazer o que quiser, a primeira impressão vai dominar independentemente de quantas vezes ela seja contrariada por novas experiências.", afirma Gawronski.

A pesquisa tem implicações importantes para o tratamento de distúrbios clínicos. Pessoas que possuem reações de fobia a aranhas, por exemplo, serão tratadas em vários contextos diferentes, e não apenas no consultório do psicólogo.

Fonte: Diário da Saúde

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