quinta-feira, 17 de junho de 2010

Engordar emagrece a memória

A barriga saliente é uma vilã que não faz a menor questão de se esconder. Incômoda, atrapalha a prática de atividades físicas e, convenhamos, atrapalha muito na hora de fazer um “look” legal; ou seja, para escolher uma roupa. Mas a barriguinha - apontada como a responsável por uma série de problemas de saúde - pode ser ainda mais perversa. No Distrito Federal, pesquisadores da Universidade Católica de Brasília (UCB) relacionaram os quilos a mais na região central do corpo com a falha na memória.

A pesquisa envolveu 301 moradoras da região, todas com mais de 50 anos e que já haviam passado pela menopausa. "Com menos hormônios sexuais, o organismo da mulher tem um funcionamento mais lento e, se ela continua a ingerir mais calorias do que necessita, vai armazenar as reservas nutritivas na cintura, no abdômen, nas costas, de acordo com as tendências de cada família”, afirma a mestre em gerontologia, Hellen Paim Romera, autora do estudo. 

As participantes passaram por um exame para apurar a linguagem, a orientação geral, a orientação espacial, a orientação temporal, a atenção, o raciocínio lógico, a memória imediata e a memória de evocação (relacionada a acontecimentos antigos). Romera descreveu as perguntas, aplicadas através de um questionário, como extremamente simples. 

Além do questionário, a pesquisadora levantou dados como o peso, altura, índice de massa corporal (IMC) e medida da cintura, razão entre a circunferência da cintura e do quadril. Os resultados comprovaram que mulheres com a gordura mais distribuída pelo corpo tiveram melhor desempenho no teste que avaliou o estado da memória de evocação. 

Na literatura científica, segundo Romera, só tem mais um outro trabalho semelhante, realizado com mulheres coreanas.

Fonte: Correio Braziliense

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